sábado, 25 de abril de 2009

PEDAÇOS

Há momentos em que nada se sustenta
tudo se desfaz , escorrega, despenca
Se tento amarrar , agarrar,
impedir este eterno partir
enlouqueço... ou vislumbro
a leveza simples dos sentidos
quando tudo parece partido.
E aí, resurgi um não alguém
etéreo, mas com perfume forte
embriagado de vida
de pôr de sol em folhas de amendoeira
de luz que invade fresta de janela
de brisa soprando de fora pra dentro
E esse não alguém põe na língua o sal de um momento
E então silêncio... ouço um sorriso

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